domingo, 26 de janeiro de 2014

Nova Serrana, MG - De volta às origens!

E após 6 ou 7 anos, não me lembro bem, estou de volta à "faixa de Gaza" brasileira, mais conhecida como Nova Serrana! Ainda de passageiro devido à minha suspensão da CNH, rumamos para Nova Serrana, afim de abraçar mais um desafio da vida profissional!

Dessa vez, em horário "de gente", as 07:00 horas, saímos, Lidmor, Edinho e eu rumo à capital nacional do calçado esportivo, legítimo ou não! A viagem seria bate e volta, em dois passos (quando vamos em um dia e voltamos no outro), mas seria suficiente para resolvermos os assuntos dos quais nos deslocamos para tratar.


Uma das partes boas das viagens pra essas "bandas", são as paisagens! Em termos de estradas, São Paulo é imbatível com seus tapetes, porém, a paisagem de "cana de açúcar" é bem monótona e sem graça. Pra cima do Rio Grande, a coisa muda. Muitas serras, pastos bem cuidados, rios e vales circundam as rodovias, recheadas de curvas.

No vácuo das belas paisagens, a comida é outro atrativo para desbravar as Minas Gerais. Nossa primeira parada gastronômica é no famoso (pelo menos pro pessoal lá da firma) Queijo Califórnia. Ali dá pra degustar o saboroso e igualmente calórico, pão com linguiça e queijo, ou então, no meu caso, um pão de queijo com queijo na chapa! Parada é rápida, apesar de deliciosa.

Mas aí é que a competição interna fica complicada! Apreciar as belas paisagens ou tirar aquele cochilo
depois de ter saboreado um belo pão de queijo caseiro? Edinho prefere a segunda opção, pelo menos sem ronco dessa vez! Antes o Edinho do que o Lidmão, que era o motorista da rodada e um exímio "dormidor de estrada", quando está de passageiro!

Nem tudo é tranquilo nas Minas Gerais. Nós, nascidos e criados na "locomotiva do Brasil", não respeitamos muito os horários pra comer, coisa que para os mineiros é praticamente um ritual. Devido a essa "modernidade", quase ficamos sem almoço, já na Nova Serrana, que além de mineira, é terra de sapateiros, povo que almoça cedo e depressa! Comidos, partimos pra missão do dia, junto com a equipe local!

Pra quem quer ganhar dinheiro trabalhando com calçado, Nova Serrana é a pedida. O povo trampa muito por lá! Isso facilitou nosso trabalho, fazendo com que nossa reunião fluísse bem, e quando vimos, já era hora de desligar as esteiras! Mas antes, uma passada no QG da firma que está em construção por aquelas bandas...

Missão dada, missão cumprida! Já no Líber Hotel (XaX recomenda!), hora daquela Brahma gelada pra aliviar o calor infernal que fazia na cidade. O duro é que, mesmo no "happy hour", a esteira sempre volta a ser ligada, porém, é dessas "horas extras" que saem muitas soluções do nosso dia a dia. Será o efeito Brahma?

No dia seguinte, o galo cantou cedo. Café da manhã tomado, check out feito, hora fechar os assuntos na unidade de lá, pegar as encomendas (na maioria das vezes, comidas) e, como diz um bom mineiro, "queimar o chão" pra Franca! Alguns levam a expressão meio ao pé da letra e, logo na saída da cidade, a primeira barbeirada. Alguém não parou onde devia... Serve de alerta para ficarmos atentos, pra nós e pros outros!

Para nossa sorte, foi o único acidente que vimos em todo o trajeto. Até nossa primeira parada, em Passos pro almoço, viemos tranquilos! Nada nos atrapalhou ou atrasou para que pudéssemos saborear aquele Filé na Manteiga do Roda Branca (XaX recomenda, demais!), antes de finalizarmos mais este diário de bordo!


***


A viagem:
- O destino no GPS: S 19.823 - W 44.989
- Distância percorrida: 745 km
- Tempo total: 32 horas
- Traíras que o Edinho pescou no cochilo: 3

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

São Paulo - Pra começar os trabalhos!

E no dia 14 de Janeiro minha vida profissional voltou à ativa pra valer (se é que ela parou no final do ano)! E voltou acordando cedo! Primeira viagem profissional do ano marcada para zarpar as 06:00 horas da matina, em frente ao QG da "firma"!

Marcada não quer dizer cumprida! Sempre tem aquele engraçadinho pra atrasar e piorar ainda mais o humor de quem acordou às 05:00 horas de uma (maldita) terça feira! Gabriel, nosso recém contratado colombiano, e seu moto taxista pé de pano chegaram para embarque na van do Ernesto somente às 06:50 horas, depois de algumas ligações nada carinhosas minhas e de alguns colegas.

Atraso superado, filme escolhido (O Grande Truque) lá vamos nós. Eu, como de praxe, na posição de navegador, à frente da van, na "cabine de controle"! No "bagageiro", meus colegas de martírio: Lidmor (ou Lindomar colorista, para os íntimos), Sales (o grosso), Gabriel (o atrasado de Medelin), João (o colorista de Bagé), Fabiano (o "minerim" que conhece todo mundo), Edinho (o Ursinho), Cláudio (o Jedi), Rafael e Helen (esses sem apelidos carinhosos).

Do trajeto de ida, bem como do filme, não posso contar muito! Dormi antes da base da Polícia Rodoviária, na saída de Franca, embalado pelo som do Strange Fruit Project tocando nos meus fones e só acordei no pátio do posto Anhanguera, ali em Santa Rita do Passa Quatro. E acordei apenas pra apreciar aquele crocante pão com manteiga na chapa, banhado por um pingado (mais café do que leite).

De volta ao assento do banco direito da cabine da van, mais um pequeno cochilo, dessa vez até a Terra da Garoa, dessa vez com a trilha sonora de uma seleção de "FM Hits", com enfase nos novos sons do O Rappa! Mas, segundo o pessoal, o primeiro filme citado acima, foi melhor do que o segundo (O Voo), e segundo o Ernesto, não ronquei!


Na chegada à capital, nossa primeira parada seria no pavilhão de exposições do Anhembi, onde a edição de 2014 da Couromoda (feira de calçados e acessórios) já havia começado, no dia anterior. Nós, como fornecedores de componentes, apenas vistamos para saber onde irão nossos produtos nos próximos meses até a próxima coleção. Sem muitos negócios a serem concretizados nessa feira...


Após uma longa caminhada e muitos apertos de mãos depois (principalmente pelo Fabiano! Vai conhecer gente assim na casa do caralho!), lá vamos nós para o Gran Corona, nosso hotel favorito em São Paulo, ali na Basílio da Gama, uma rua do centro de São Paulo que pouquíssimos taxistas sabem chegar!

Check ins feitos, cada dupla ou trio (como foi o nosso caso) em seus respectivos quartos, hora de providenciar aquela janta! E em uma turma grande e nada homogênea como a nossa, essa tarefa não é a das mais fáceis! Com uma rapidez nada usual e até mesmo surpreendente, decidimos: Marajás, ali no comecinho do baixo Augusta, foi o escolhido!

Lá não teve segredo: algumas porções, algumas Brahmas extremamente geladas, boas risadas, alguns inevitáveis assuntos de trabalho, mesmo fora do horário de expediente, e lá vamos nós de volta para o hotel, dessa vez debaixo da tradicional garoa paulistana! Porém, de barriga cheia e humor revigorado!

No dia seguinte, depois de um rápido café da manhã, confinamento em uma das salas de reuniões do hotel (sem janelas, diga-se de passagem). Primeira (e talvez a mais importante) parte de uma reunião de planejamento trimestral. Apesar de toda tensão que ronda este tipo de encontro, os nossos ocorrem com a naturalidade de um time que etá entrosado onde cada um sabe o que fazer. É tamanha a naturalidade que chegamos facilmente às 13:00 horas, limite para nosso check out no hotel. Como diz nosso diretor, a hora passa rápido quando estamos nos divertindo!

Depois de amontoar a bagagem de toda a galera na recepção do hotel, partimos para um breve almoço antes de enfrentar os 425 km de volta a Franca. Dessa vez, ali na Galeria Metrópole, no Chamon Grill, um buffet self service com ótima variedade e bons preços para quem estiver de passagem pelo centro na hora do rango. XaX recomenda!

Barriga cheia, pé na areia. Dessa vez com lotação máxima na van do Ernesto! Juntaram-se a nós, Bruxel e Soimar do Rio Grande do Sul, João Alberto (um gaúcho, quase paraíba e que mora na Argentina), Gleidson da Paraíba, Araújo (de Jales, mas de Franca), Mota (o ex gordo) e Denilson (o chefe). Pra caber todo mundo, "deixamos pra trás", Cláudio, Rafa e Helen...

Dessa vez, Gabriel veio de "comissário de bordo" na cabine da van, pra caber todo mundo. Não me atrapalhou a dormir novamente, e de quebra, preveniu para que o Ernesto também não dormisse, do tanto que fala, em um "portunhol mineiro"!

Parada estratégica no Graal Turmalina (o melhor dos "Graals", na minha opinião). Estratégica e a última, até desembarcarmos, graças ao horário de verão, ainda com luz solar, porém, sob uma chuva torrencial, já em Franca, novamente em frente ao QG da "firma".


***

A viagem:

- O destino no GPS: S 23.543,W 46.636
- Distância percorrida: 837 km (sendo 37 km de caminhada no Anhembi)
- Tempo total: 37 horas e 47 minutos
- "Dios Mio" falado pelo Gabriel: 53

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Araxá, MG - Pagando penitência!

Não sei se é de raiva ou se é uma pura coincidência mesmo, mas o dia que resolvo retomar as atividades no "Na Rota do XaXim", é exatamente o dia em que começo a cumprir minha suspensão de 30 dias pelo estouro de pontos em minha CNH - 22, pra ser mais exato - por multas de trânsito (2 de velocidade, 1 ultrapassagem em faixa dupla, 1 avanço de sinal de vermelho e 1 por falar ao celular, que é da patroa que estava com meu carro).

Como uma forma de auto flagelo por esse estouro, inicio minha punição acompanhando minha esposa a
Araxá, onde realizaria o atendimento a um cliente. Como minha princesa e eu estamos em férias e sem planos melhores, lá fomos nós adentro do grande Estado das Minas Gerais, na terra do barro milagroso! Além de um belo passeio, dessa viagem tiro algumas conclusões que servem para minha melhoria como pessoa e, principalmente, como motorista.

Em meio às belas paisagens do trajeto, que incluem belas serras, uma linda vista da represa em Rifaina e terras sem as infinitas plantações de cana de açúcar muito comuns em solos paulistas, a primeira conclusão que tiro é que nem toda mulher é péssima motorista. Algumas, assim como minha esposa, são apenas ruins mesmo! Não que eu tenha alguma fobia de carro, muito pelo contrário, mas sentar ao lado de uma motorista mulher é demasiadamente estressante!

Após conseguir controlar o medo, até que deu pra curtir um pouco a viagem. Um pouco. Como minha segunda conclusão, deduzo que, pra quem gosta de dirigir, como eu, sentar no banco do carona é como um jogador titular assistir a partida do banco de reserva. Algumas freadas, bem como vontade de uma redução de marcha são inevitáveis, mesmo não estando operando os controles. Imaginem isso em um trajeto que tem 95% de pistas simples e um bom tráfego...

Como terceira e, particularmente, a mais decepcionante das conclusões, percebi que eu, com toda a minha experiência em pilotagem (isso mesmo, pois experiência em direção quem tem é a voz do GPS), acho muito injusto ter que cumprir essa pena por míseros 22 pontinhos sendo que tem muito "bração" andando impune pelas ruas e estradas desse país!



A viagem:
  1. O destino no GPS: S 19.580, W 46.939
  2. Distância percorrida: 374 km
  3. Tempo total: 4 horas 50 minutos
  4. Cuecas perdidas: 1